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Apple paga US$ 95 milhões em ação judicial por gravações indevidas da Siri

  • Foto do escritor: Tailisi
    Tailisi
  • 16 de jan.
  • 2 min de leitura

Empresa resolve processo após ser acusada de coletar e armazenar interações com assistente virtual sem o consentimento dos usuários.

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  A Apple concordou em pagar US$ 95 milhões para encerrar um processo judicial nos Estados Unidos que acusava a empresa de gravar e armazenar conversas realizadas com sua assistente virtual, Siri, sem o devido consentimento dos usuários. O acordo foi apresentado a um tribunal da Califórnia e é resultado de uma ação coletiva movida por consumidores que se sentiram violados em sua privacidade.


  As alegações contra a Apple


  O processo teve início após uma série de reportagens em 2019 revelar que gravações feitas pela Siri estavam sendo armazenadas e analisadas por terceiros para “melhorar a experiência do usuário”. O problema foi que, segundo os consumidores, muitas dessas gravações foram ativadas inadvertidamente, sem que as palavras-chave de ativação, como “E aí, Siri”, fossem mencionadas.


  Além disso, os dados incluíam informações sensíveis, como conversas privadas e detalhes pessoais, levantando preocupações de privacidade e segurança. A Apple foi acusada de violar leis estaduais de privacidade, incluindo a Lei de Invasão de Privacidade da Califórnia.


  O que a Apple disse


  Em sua defesa, a Apple negou ter cometido qualquer irregularidade e afirmou que nunca utilizou gravações de usuários para fins publicitários ou comerciais. A empresa também destacou que implementou mudanças significativas em seus processos desde que as denúncias vieram à tona, como dar aos usuários maior controle sobre os dados coletados pela Siri.


  A partir de 2020, a Apple passou a permitir que os usuários desativassem completamente o compartilhamento de gravações para análises e implementou uma política de exclusão manual, permitindo que os usuários apagassem históricos de interação com a assistente virtual diretamente nos dispositivos.


  Impacto e mudanças futuras


  O pagamento de US$ 95 milhões será distribuído entre os usuários afetados que participaram da ação coletiva, com valores individuais ainda a serem determinados pelo tribunal. Embora o impacto financeiro seja pequeno para uma empresa avaliada em mais de US$ 3 trilhões, o caso destaca a crescente preocupação global com privacidade digital e o uso de tecnologias assistivas.


  Especialistas acreditam que este acordo reforça a necessidade de regulamentações mais claras sobre como empresas de tecnologia podem lidar com os dados de seus usuários. A Apple, por sua vez, continuará promovendo sua imagem como uma das grandes defensoras da privacidade no setor, apesar do impacto desta controvérsia.


  Este caso também deve servir de alerta para outras empresas que utilizam assistentes virtuais e dispositivos inteligentes, que precisarão redobrar esforços para garantir que suas práticas estejam em conformidade com leis de proteção de dados e privacidade.

 
 
 

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